1 de Abril de 2022

Oficinas tipográficas no concelho de Beja em 1916

O Arquivo Distrital de Beja destaca documentos do Governo Civil de Beja relativo a oficinas tipográficas no concelho de Beja em 1916.

O primeiro documento é um ofício da administração do concelho de Beja dirigido ao Governo Civil de Beja através do qual se remete a relação dos trabalhos realizados nas tipografias existentes em Beja, assim como a relação das oficinas tipográficas em funcionamento até 31 de março de 1916. O ofício é datado de 4 de abril de 1916 e assinado pelo Administrador do concelho, Ezequiel do Soveral Rodrigues.

O segundo documento trata da relação das oficinas tipográficas e litográficas em funcionamento no concelho de Beja em 31 de março de 1916. Da relação enviada pelo Administrador do concelho de Beja ao Governador Civil podemos extrair a seguinte informação: nome das empresas tipográficas existentes no primeiro semestre de 1916, as máquinas com operavam, o local/rua onde se encontravam instaladas e o nome dos seus proprietários ou administradores.

No primeiro semestre do ano de 1916, existiam em Beja três oficinas tipográficas: Porvir, a Folha de Beja e a Minerva Comercial.

O Porvir encontrava-se sediado no Largo de Santa Maria também conhecido em tempos como o “Largo do Porvir” e era administrado por Manuel António da Silva. O Porvir foi um jornal semanal, republicano e independente cuja publicação remonta ao ano de 1873 e termina no ano de 1955.

A Folha de Beja, órgão do Partido Regenerador do distrito de Beja, foi também um jornal semanal, com tiragens à 5.ª feira. Era administrado na altura por Mário Mendes. Teve também como seu editor e administrado João Valente Beck. Encontrava-se sediado na rua do Esquível em Beja.

Na Rua da Fábrica encontrava-se sediada A Minerva Comercial cuja propriedade pertencia a Carlos Augusto das Dôres Marques. Esta última operava com uma máquina denominada “Marioni” que pertencia ao Jornal “O Bejense”.

Correspondência recebida do administrador do concelho de Beja – 1916