5 de Setembro de 2019
Memórias e benfeitorias efetuadas no Convento de Nossa Senhora da Conceição de Beja pela Reverenda Madre Francisca de Almeida
O documento em destaque foi retirado do tombo nº 8 do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Beja. Trata-se de um relato efetuado em oito parágrafos de memórias e benfeitorias efetuadas no referido Convento de 1662 a 1677 pela Reverenda Madre Francisca de Almeida.
Parágrafos
I – Trata de benfeitorias efetuadas no refeitório na era de 1662 pela Reverenda Madre Brites Maria de Resende.
II – Livros restaurados e mandados encadernar pela Reverenda Madre Dona Francisca de Almeida à sua custa. Esta religiosa também mudou alguns rituais e comemorações religiosas.
III – Relata memórias de obras efetuadas no Convento na era do rei D. Manuel e de D. João II no que respeita ao cemitério e à quadra de São João Evangelista e respetiva pintura.
A Madre Benta de Melo mandou fazer o azulejo às suas custas antes das referidas pinturas. A capela fora mandada fazer pelo rei D. João II e a sua remodelação fora pelas Reverendas Madres Margarida da Silveira e Luísa de Melo na era de 1658.
IV – Este parágrafo refere as capelas das madres Maria de Mendonça e Maria Madalena. A pintura do teto que fora da autoria da Madre Brites de Freire e os gastos efetuados no chão e na pintura da quadra de São João Evangelista por conta de todas as devotas evangelistas. Ainda são mencionados assuntos relacionados com a capela de Santo António, da autoria das madres Violante da Conceição e Angelina de Jesus entre outros assuntos.
V – Na era de 1667 chegaram os livros que a Reverenda Madre Francisca de Almeida mandara encadernar. Nesta era também fora atribuída a todas a madres a chave do local onde se guardavam os livros e são salientados todos os cuidados com os os mesmos: desde a sua limpeza e guarda, como a sua quantidade ou inventariação; de forma a que não se perderem. Nesta altura apareceu uma crónica que se encontrava perdida do tempo da Abadessa Isabel Pereira e Madre Mariana dos Serafins.
VI – Na era de 1670 e no tempo da Abadessa Brites Freire foram refeitoreiras Dona Maria do Desterro e sua irmã Dona Brites, as quais mandaram renovar o painel da ceia e caiar o refeitório entre outras coisas. Antes de 1669 tinha sido a Reverenda Madre Dona Margarida Helena de Noronha quem tinha feito os estados e mandara forrar as portas.
VII – No primeiro ano em que foi abadessa a reverenda Madre Inês de Vasconcelos, Porteira da Porta Alta, madre Maria dos Remédios mandou fazer o banco de castanheira e gavetas (no total de trinta mil réis). A Madre Mariana dos Anjos mandou fazer as portas da Provedoria que custaram seis mil reis e foram também consertadas as portas da casa de dentro. No segundo ano desta mesma abadessa foi porteira da Porta Alta Madre Margarida Evangelista que mandou forrar e pintar o teto e ainda mandou consertar a roda.
VIII – No ano de 1677, a Madre Filipa de São João, Porteira da Porta Alta, mandou fazer entre outras coisa os azulejo de todas as paredes. Neste mesmo ano, a Madre das confissões Guiomar de Jesus mandou fazer seis castiçais de prata entre outras coisas.
Cota do documento: PT/ADBJA/CNSCBJA/003/0022/00021