1 de Dezembro de 2024
Escritura de dote para clérigo feita por Pedro Gomes Sereyo de Andrade
O documento em destaque trata de uma escritura de Dote para clérigo que faz a sim mesmo Pedro Gomes Sereyo de Andrade morador na cidade de Beja.
A escritura de dote foi lavrada no escritório do Real Tabelião Público de Notas Belchior Freire do Carvalhal, no dia 10 de Abril de 1798, na presença de duas testemunhas idóneas e reconhecidas do tabelião: Rodrigo Limpo de Abreu Lacerda e José Mestre Ledo, ambos da cidade de Beja.
Pedro Gomes Sereyo de Andrade pretendia tomar o estado de sacerdote na forma do sagrado Concílio Tridentado, dai que era necessário “fazer a si mesmo várias fazendas que lhe ficaram pertencendo como património para a conservação do estado” e “para firmeza e segurança do seu dote”.
Na escritura de dote o futuro sacerdote menciona o património que possui: as moradas de casas situadas na Rua dos Sembrano, as suas confrontações; rendas, foros e impostos; os olivais e ferragiais e ainda faz menção a um poço de cozer pão situado na Rua da Esperança. Menciona também um morgado do qual não duvida da sua renovação e posse, assim como as missas que são pagas como pensão na Igreja de São Batista da cidade de Beja.
Desta forma, e perante a feitura deste público instrumento de escritura, Pedro Gomes Cereyo de Andrade se compromete a conservar o seu património, sem o deixar alienar ou ceder posse, como dote que faz a si mesmo, afirmando no final da escritura que “se obriga a sua pessoa e todos os seus bens presentes e futuros, havidos e por haver, nunca vir contra este instrumento de dote”.
Cota do documento: PT-ADBJA-NOT-CBBJA2-001-LIV.0068- FL.135 a 136