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Notícias

2 de Janeiro de 2023

Carta Registada do Oficio de Escrivão da Câmara desta cidade de Beja de Francisco Fialho Guedes

No Livro 4º do Registo de Provisões e Alvarás da Câmara Municipal de Beja, encontra-se registada uma carta do ofício de escrivão da Câmara desta cidade, Manuel Cardoso, a favor de Francisco Fialho Guedes para lhe suceder no oficio de escrivão da Câmara.

Manuel Cardoso ficou prisioneiro na batalha de Alcácer-Quibir, resgatando-se à sua custa, servindo o cargo de escrivão da Câmara de Beja durante cerca de trinta anos. No ano de 1609 alcançara do rei D. Filipe um alvará pelo qual ele, Manuel Cardoso, podia renunciar ao cargo na pessoa que se casasse com uma das suas filhas.

Sucedendo que, duas delas eram freiras e uma casada com Rui Brandão de Lima (vereador), que não quis renunciar ao cargo, conseguiu Manuel Cardoso de El Rei autorização para renunciar em Francisco Fialho Guedes em 14 de Dezembro de 1626. O registo foi feito em 9 de junho de 1655 e reconhecido pelo tabelião Gaspar Fialho de Oliveira.

O documento menciona que Francisco Fialho Guedes era filho do licenciado Francisco Fernandes Fialho, juiz dos órfãos da cidade de Évora e sucedeu no ofício de escrivão a Manuel Cardoso por carta dada em Lisboa no dia 14 de dezembro de 1626.

A tomada de posse do oficio de escrivão da Câmara foi efetuada no dia 29 de dezembro de 1627 na cidade de Beja, nas casas da Câmara das vereações onde compareceu Francisco Fialho Guedes, na presença do senado camarário composto pelo Juiz de Fora, licenciado Vasques Annes de Castel Branco, dos vereadores António Paes Viegas, Paulo Machado Rebelo e João de Aboim Pereira e do procurador da câmara, licenciado Francisco Serpa.

 

Cota do documento: PT-ADBJA- CMBJA-A-001-0004- fl.192 a 193

Esta notícia foi publicada em 2 de Janeiro de 2023 e foi arquivada em: Documento em destaque, Geral.