4 de Julho de 2016
Assento de batismo de Coronel Francisco Romão de Goes
O Arquivo Distrital de Beja disponibiliza representação digital do assento de batismo de Francisco Romão de Goes, que foi batizado em Beja, paróquia de São João Batista, em 23 dias do mês de Agosto de 1783.
Frequentou a Universidade de Coimbra durante dois anos, no entanto, não completou o grau de Bacharel devido à guerra Peninsular que coincidiu com o fecho das Academias de Ciências. Dado o contexto da época este preferiu defender os valores da Pátria logo no ano de 1810 na guerra contra os franceses.
Pela sua bravura na companhia a que pertencia e por toda a parte por onde passaram as tropas de Portugal tomou sempre uma parte muito ativa e uma posição altamente honrosa e enobrecida pelo que mereceu ser premiado pelo Príncipe Regente D. João VI com uma tença anual. Foi prisioneiro dos franceses e distinguiu-se pelas suas grandes qualidades em várias ações militares na guerra da Independência.
Em 1820 tomou parte da Revolução Liberal Portuguesa, vindo depois a ser nomeado Comandante da Guarda Nacional do Rossio.
Foi colocado por deliberação geral à frente de uma Guarda Nacional que se criou em Beja com a finalidade de fazer cumprir a Carta Constitucional outorgada por D. Pedro VI.
No Algarve foi honrado com a medalha da Torre de Espada, distintivo honroso do seu valor e mérito. Regressou a Beja onde foi nomeado Tenente Coronel Comandante da Guarda Nacional de Beja.
Em 1840 foi nomeado por sua Majestade Coronel do Batalhão Provisório e em 1842 foi-lhe dado a patente de Coronel do Exercito, tendo também ocupado o cargo de Coronel Batalhão Nacional de Voluntários Caçadores de Beja.
Em 9 de julho de 1833 quando os liberais tentaram libertar Beja do domínio absolutista foi o coronel Francisco Romão de Goes que comandou as forças liberais dando ordem de assalto à cidade.