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Notícias

1 de Outubro de 2020

Passaporte de Joaquim Maria Lourenço

O Arquivo Distrital de Beja destaca passaporte de Joaquim Maria Lourenço com destino a França em 22 de outubro de 1937.

Joaquim Maria Lourenço nasceu em Ninho de Açor no dia 17 de agosto de 1900. Era filho de Francisco Lourenço e de Maria da Senhora.

No ano de 1915, após frequentar a escola primária ingressa no Seminário do Fundão por decisão de seu pai cujo desejo era ter um filho padre. Em setembro de 1924 é nomeado pároco de duas aldeias do concelho de Penamacor e em setembro de 1925 vem para Beja a convite do Bispo de Beja D. José do Patrocínio Dias para assegurar o cargo de Vice Reitor do Seminário Diocesano em Serpa, altura em que também começou a escrever no jornal “Notícias de Beja” e a dar aulas de ciências, francês e religião e moral.

No ano de 1942, por iniciativa de Joaquim Maria Lourenço foi criada uma pequena colónia de férias, inicialmente feminina que acabou por ser o embrião de uma colónia balnear infantil, frequentada por crianças do interior enviadas através de organismos corporativos do Distrito de Beja.

Em 1953 partiu com destino ao Brasil como capelão do navio “Vera Cruz”, à procura da generosidade dos portuguesas lá fixados. A inauguração da Colónia Balnear de Nossa Senhora de Fátima foi feita oficial e solenemente nos fins de julho do ano de 1957. Com a casa cheia de crianças nos meses de verão, dois anos depois, a mesma foi abandonada.

Em 20 de outubro de 1959 é autorizada a abertura do colégio de Nossa Senhora da Graça como internato de raparigas. A partir de 1959 a colónia infantil foi complementada com um colégio feminino para ensino liceal, dando origem ao Instituto de Nossa Senhora de Fátima.

Frequentou a Universidade de Estrasburgo como académico. Em 1937 aquando da eclosão da 1ª Guerra Mundial foi forçado a deixar França e voltar para Portugal onde ingressou na Universidade de Coimbra e fez o doutoramento em Direito Canónico, com a tese “Situação Jurídica da Igreja em Portugal”.

Foi elevado à dignidade de Monsenhor, escreveu para diversos jornais, traduziu 8 volumes de Thamer Toth e deixou um livro autobiográfico intitulado “Testemunhos de um Sacerdote” no ano de 1983.

Em 15 de março de 1965 recebeu o título de Comendador da Ordem de Benemerência efetuado pela República Portuguesa.

Monsenhor Joaquim Maria Lourenço faleceu em Vila Nova de Mil Fonte no ano de 1988.

Esta notícia foi publicada em 1 de Outubro de 2020 e foi arquivada em: Documento em destaque, Geral.